SAUDADES

Meu último e recente post falava de um amigo que foi para os EUA, e de como eu fiquei triste com isso. Bom, hoje é terça e esta semana tem sido repleta de notícias tristes. Eu mesmo escrevi aqui nessa página que saudades só devemos sentir do impossível, uma verdade que tinha me esquecido.

Subiu pro andar de cima, umas das senhorinhas que mais admirei na minha vida, a Dona Antoninha. Doceira de mão-cheia (aliás, que mãos lindas), independente, divertida e carinhosa. Não tínhamos parentesco sanguíneo, mas era como uma das muitas avós que tive ao longo de minha vida. Dona Antoninha, assim mesmo no diminutivo carinhoso, é avó de minha prima Carol.


Foto tirada a mais ou menos três anos atrás. Quando fui visitá-la em uma viajem ao Sul. Não a via há anos, e nunca mais vi novamente, ela chorou ao me ver, dizendo que sentia muitas saudades de mim e da Carol. E eu sei que era verdadeiro, afinal eu cresci correndo no quintal da sua casa. Subindo em árvores, jogando pedras no poço e vendo cristais mágicos imaginários na porta de entrada (nossa caverna do poder, ou algo assim).

Adeus sempre machuca, mas a vida se renova e novos babys vêem aí.... Carol, precisando, sabe que nunca estive longe apesar da distância. Te amo muito, e to sempre aqui se precisar.

Depois de uma notícia dessas, a partida do Lucas não parece me afetar mais tanto. Daqui a alguns meses, sei que ele volta. Mas Dona Antoninha, um dia a gente ainda se encontra pra mais um chimarrão, pode ter certeza!

Cantando: Samba de Orly - Chico Buarque