Só mais um dia Diego, só mais um dia.

Volto pra casa após viver extremos de intensidades. Me senti ótimo, me senti péssimo.

Ganhei coisas, perdi coisas. Perdi o último resquicio que tinha de saber o que era uma família. A margarina do comercial da minha vida ficou muito tempo no sol, derreteu e foi pro lixo.

Volto desesperado por tentar começar a vida, de alguma forma, tentando correr atrás do atraso da solidão. Li um artigo sobre uma pesquisa que diz que isto é tão contagioso quanto um resfriado, sabe que acredito?

Volto 05 quilos mais gordo, não são os 120, mas já já são 4,1 % disto (sim eu calculei, tédio te dá tempo). Mas volto pra casa sabendo que nada serão flores. Volto me sentido expatriado, não tenho casa. Não tenho quem por mim. As pessoas já dediciram suas vidas, e eu fiquei em algum lugar do caminho. Para alguns, não sou nem uma lembrança boa. Volto sabendo que não deixo e nem mato saudades.

Me sentindo um emigrante sozinho, que não conhece nada e nem fala o idioma. Tá, era o que queria pra minha vida, mas eu tinha uma perspectiva por trás disso. Agora, não tenho nada, a não ser o pouco conforto do meu bunker.

Mais um dia e uma noite de planos desfeitos, de promessas não cumpridas, de pequenas e mimadas decepções. Mais um dia e uma noite para o inferno, mas ao menos é um inferno com o qual já me acostumei.

Como deve ser bom ter alguém esperando por nós. Dezembro vai ser tenso, as festas já imagino que serão as piores, e olha e cada ano da minha vida elas tem se superado pra pior. Quem sabe um dia...

TV, internet, dormir. Comer. Resoluções para 2010? E pra 2009 também, por que ainda vai ser um longo ano. Mas o que vai se fazer? Não sei, mas algo precisa ser feito, urgente.

Tanta coisa em tão pouco tempo, tanta coisa que poderia nesse tempo desperdiçado. Sei lá, acho que vou arrumar a mala e olhar para o relógio. Para ajudar, chove muito, e odeio andar de avião, com chuva então, completa o quadro. Cansado dessa vida de pedra encavernado em mim (roubei este termo do meu amigo que escreve bem, por que nem isso consigo). Ele deve-me um soco.

Provavelmente, até São Paulo!

ou eu dou um rumo na vida ou vou pesar 120 quilos.

Eu queria ser mediocre.

Partindo desta afirmação, eu me considero superior a muitas pessoas. Bah, puro lixo pedante. Pensar demais só te dá duas coisas: rugas e isolamento social.

Pessoas consideradas mediocres por mim, no critério dieguístico, tem várias vantagens:
- O quato delas tem espaço, nada de filmes, livros, recortes. Só roupas, um perfume, um ou dois relógios e algum enfeite sem personalidade que sempre esteve ali.
- Fazem amigos que nem criança em playground. Num dialogo mais ou menos assim: "vc viu a novela", "Vi, tava ótima", "Eu tbm achei, vamo na balada amanhã?" "Vamo", "Demoro", "Uhu". Pronto, nasceu um novo melhor amigo. Eu levo anos pra conseguir esse tipo de intimidade.
- Eles são ecléticos (blergh), ou seja, gostam de tudo. Ou seja, vão em qualquer lugar, ou seja sempre tem onde ir, com quem ir e vão se divertir muito.
- Eles estão em número muito maior. Então além de vc sempre ter amigos por perto, sempre será mais fácil se relacionar. Vc consegue sexo com mais facilidade. Vc pode ser indicado para maiores números de emprego. Vc tem mais vizinhos para expandir sua fazendinha no facebook.
- é mais fácil achar uma roupa que você goste. Os shoppings estão cheios delas. Na dúvida, copie o visual de alguém de malhação, não tem erro.
- É fácil ser cult no meio deles, você tá por fora? Assista a MTV ou leia o jornal do metrô, pronto seu repertório já está atualizado. E eu me esforçando para conhecer bandas além das dos anos 90. Tisc Tisc.
- Eu já falei de sexo? Já, mas vamos reforçar. Vá numa balada country, numa micareta. Não tem erro. Pegação geral. E o melhor, com pessoas com quem você tem o que conversar no dia seguinte.

Ta preconceituoso? Tá super, mas a idéia não era essa. Eu queria mostrar o que realmente acho vantajoso. Felizes são eles que quando tem algum problema, vestem um abadá, enchem a cara e pulam "extravasaaaaa". Ah que inveja, sério mesmo.

Eu não sei o que escrever, mas entrei aqui, então vamos ver o que sai.

Hum, nada... nada. Pera, pera. Ih, não era nada.

Lendo um blog de um amigo, que escreve super bem e me deixa louco de inveja e me sentindo muito ignorante e sem repertório, li uma frase do tipo "eu gosto de bordões, frases feitas". Não era exatamente isso, era muito melhor construido, mas neste sentido. Pois é, sabe aquele lugar comum (acho que ele usou esse termo) "Se arrependimento matasse".

Bom, sempre odiei pessoas que dizem "eu não me arrependo de nada que fiz, só do que não fiz". Vai tomar no cú, quer dizer que você se orgulha de todas as suas cagadas, suas vergonhas e das vezes que você magoou ou ofendeu alguém? Arrependa-te, Cristão.

Mas não era isso que queria dizer (Ah, só pq usei a blasfemia lá em cima, um comentário rápido nada a ver com o assunto: uma senhora, no Rio - ah como rendeu - me perguntou "Tu é branco ou é judeu? Huashauhauah, essa nunca tinha ouvido, e agora, voltamos com nossa programação normal).

Se vc se perdeu em meus devaneios, vou retomar, falava sobre chavões. Tudo isso e ainda não entrei no assunto que queria. Sabe aquela frase feita: "Se arrependimento matasse". Todo mundo já deve ter dito e sentido isso. Mas eu vi um outro lado desta frase, o do "arrependimento pode matar". Acho que isso chama remorso.

Arrependimento pode matar você, rápido, se você não tiver coragem de engolir a culpa. Mas também te mata lentamente, povoando sua cabeça com bobagens e divagações sobre o própio. Acho que mais do que um outro sentido da frase, pensei sobre este sentimento.

Falo isso por tantas coisas, coisas ditas, coisas feitas. Coisas que se remediam até, mas que sei lá, não se apagam.

Bom, este post não saiu exatamente como quando pensei neste assunto, e nem pretendia escrever ele. Se me arrependo, não sei. Nunca leio ou reviso isso aqui.

Pra terminar bem adolescente, pra curtir meus últimos dias de 20 e poucos anos:

Bjo, me liga!


Huahuahuaha, que bosta!!!

É complicado ter que ver a sua vida sendo vivida no album de outra pessoa. Fueda!!!

Muy fueda.

Depois de reclamar muito (dois post em poucos dias num blog abandonado é muito, eu acho). Vamos falar de coisas boas (mas já adianto que posso lamentar algumas coisas na atual fase).

Meus planos incluiam férias, planos deram errado, mas as férias já estavam marcadas. Nunca na minha vida profissional tive férias, ou não era registrado, ou troquei de emprego, ou era escraviaário - e agora até eles têm férias).

Pois é, e o que fazer? Não planejei nada novo. Perdi uma semana inteira na mais completa inutilidade. Não fiz nada. Tá, injustiça... tomei algumas decissões que valeram por uma vida, ta exagero. Mas foram legais. Num momento de crise extrema, fiz um ato pequeno que me garantiu um retorno e um sorriso. Retomei um amigo que não via há muito tempo, e que também passava por um momento tenso. Tem gente que podemos ficar sem ver 10 anos que é exatamente igual depois? Sei lá como é isso, até por que não sou psicologo.

Bom, vamos falar de coisas legais. Decidi, meio do nada, ir ao Rio. Eu queria ir ao Rio há muito tempo, eu precisava ir ao Rio, eu precisava sumir do mapa um pouco. Foi a melhor coisa. O Rio não é maravilhoso, é magnífico. To apaixonado que nem muleque virgem vendo a vizinha gostosa. Acho um pecado brasileiros não conhecerem aquilo lá, e acredito que um ano inteiro no Rio de Janeiro não dê pra conhecer tudo.

É um lugar lindo, quase que todos os lugares que você chega terminam numa praia, e não é uma praia feia, é a praia mais linda que você já viu, até cruzar a esquina e ver outra praia ainda mais bonita. Você sabe o que é ficar preso num engarrafamento, vendo a sua direita a praia de Copacabana? Você esquece da vida, do tempo, acho que é por isso que nem me lembro de ter ouvido buzinas.

Sou gaúcho, com orgulho. Mas estou muito bem adaptado com São Paulo. Mas agora acho que falar mal de carioca é um total despeito de quem não mora no paraíso. Gente, todo carioca me tratou super bem. Tá, 9 horas da manhã ainda ta tudo fechado, e o shopping só abre as 15 horas de domingo. Mas vai tomar no cú, o que você quer fazer num shopping quando o mar e o Pão de Açúcar estão na sua frente? Enquanto isso, em minha vida mortal, o único Pão de Açúcar que vejo é os do Diniz, no final da minha rua.

Além disso, o povo é lindo. Eu sou muito gordo comporado com os cariocas, você não vê gente gorda na rua. E de final de semana, as pessoas usam roupas de banho até no metrô. Eu que não vou de chinelo na padaria, andava de sunga em avenidas, a noite. Uma coisa maluca. E o sotaque, sempre tive preconceito, mas é gostoso, voltei com ele, forte, suburbano. Pena que estou perdendo meus "erres" e "eses". Estavam divertido.

Eu tinha tanta coisa pra fazer, tantas pessoas pra ver. Não deu pra cumprir todos os planos, mas aproveitei muito. Andei muito, perdi um quilo (já recuperado). Deu pra matar saudades de muita gente carioca, mas também deu pra matar saudade de uma pessoa que tava tão perto, mas tava distante. Sei que o tempo não volta mais, sei que as coisas mudam, as pessoas passam. Até Friends terminou depois de 10 anos. É normal, natural, e temos que deixar as pessoas irem. Mas é bom saber que ao menos o sentimento original continua, ou voltou. Tá, vou parar de ficar meloso. Post emos do caralho!!!

Bom, eu ia fazer um diário da semana carioca, mas como dizia aquele heróis brasileiro "aí que preguiça". Só digo uma coisa, pra reforçar minha paixão pela cidade, até perdido no Flamengo, fiz um puta rolê louco. E ainda vi a Claudia Leitte. Tá, dois meses atrás o preconceituoso diria "grande merda". Grande cantora de merda, mas ela é prá lá de gostosa. Pqp.

Vi o Maneco caminhando no calçadão de Copacabana, o Thiago Rodrigues (sim, eu sei quem é, eu vejo TV Fama) com uma galera no Leblon e o manobrista mexicano Jesus Luz, na Barra da Tijuca. O Rio é assim, a todo lugar, um lugar para se ver que você já conhece, e alguém do nada pra fazer figuração. E também achei a cidade tranquila, mais segura que Sampa, menos moradores de rua... Estava num hotel no centro, em casa jamais ficaria num hotel na Luz, por exemplo.

Ah sim, chegar no aeroporto Santos Dumont já vale a viagem. O avião vai se aproximando, e voê vai vendo tudo, o Cristo de braços aberttos sobre a Guanabara, que o Jobim cantava. O Maraca (e eu nem gosto de futboll), tudo. É como um trailler da cidade que te espera, um cara como eu, que odeia andar de avião, até esquece como é desconfortável uma aterrissagem.

Só queria ter compartilhado essa experiência com mais pessoas. Senti muita falta de amigos, para descobrirmos um mundo novo juntos. O Rodrigo ficou no Rio até terça. Depois, começavam meus compromissos. O dia era maravilhoso, mas a noite incomodava um pouco não ter com que conversar (a gente descobre como o msn é uma espécie de prozac nas noites em casa).

Sentia como aquele epsódio da última temporada de Os Simpsons, que todos vão pra Machu Picchiu (não sei como escreve) e o Bart fica sozinho em casa, por dias. "O dia é ótimo, mas a noite assusta". Seu cagão de merda, tinha que terminar o post com reclamações né?

Pena que acabou, e sinceramente, a depressão pós férias é foda. Mas fzr o que? Não mantive o berço de ouro, se fode troxa. Perdeu...

Mas valeu, muito. Muito mermo!!!

Tenho me sentindo egoísta esses dias...

Minha vida tava um lixo, ok, mas fiquei tão preocupado com meu umbigo, que nem dei importância para algumas coisas que me cercam, e que devem estar deixando pessoas que amo muito triste também.

Faz muito tempo que não procuro ninguém, que faço planos pra mim, e comigo. E esqueço que sou cercado de pessoas, que mesmo distantes estão tão perto. Eu ligo muito menos para as pessoas do que elas me ligam. Sou assim, mas posso mudar né? Odeio pessoas que dizem "eu fui assim a vida inteira, agora que não vou mudar". Então vc vai ser um imbecíl para sempre? Sei, interessante.

Também odeio o "ele nunca me liga, eu é que não vou ligar". Do outro lado da linha pode ter um cabeçudo pensando a mesma coisa. E nessas bobagens de vida, a gente deixa a vida passar por tão pouco.

Quem não sabe ceder, não pode viver em comunidade. É um cocô, eu admito, mas necessário. Meus planos desmoronaram sim, mas tem pessoas com a vida desmoronando. Talvez elas precisem de alguém pra ficar do lado, até mesmo em silêncio solidário.

Pra eu começar uma nova vida, preciso ao menos ter uma inicial. Acho que estou começando a entender um pouco a vida, seria a maturidade dos 30? Outro dia me olhei no espelho, e me enxerguei mais velho. Ou é isso, ou to surtando de vez.

Caralho, eu não posto desde maio!!!

Que vida desperdiçada, não pensem que sumi por fazer grandes coisas.
Sabe aquela equação modelo+apresentadora+atriz+cantora+com projetos = puta que declaram que a vida deu uma volta de 360º. Pois é, a ignorância delas é mais ou menos o que aconteceu com minha vida nos últimos mesmes, uma volta que caiu no mesmo lugar inicial. Ah, mas ao contrário do que andam dizendo, não vou ser modelo+ator+apresentador+cantor+putão e nem me inscrevi no BBB 7529.

Bom, acho que ninguém lê mesmo, então não vou explicar o que aconteceu. Até por que acho perigoso e é apenas uma idéia adiada e não esquecida. Pelo menos, no momento. Minha vida tá uma bosta, um saco, um cocô, um chorume de lixo, os seios da Amy Winehouse (ok já deu pra ilustrar né). Tive uma grande oportunidade, alias a oportunidade esperada da vida. Perpectivas profissionais, realizações pessoais e até amorosas pareciam estar se ajeitando. Eu até tava dando espaço pro coração apaixonar de novo. Pois é, acordei do sonho com o gosto do doce que me foi tirado. Cai, cai muito. Queria sumir, pensei em sumir...

Pra ajudar o inferno cada vez mais quente dentro de casa, nem minhas paredes de chumbo me protegem mais. Quase enlouqueci. Fiz uma coisa que odeio, pedir ajuda. Duas vezes, uma acabou comigo, me humilhou. A segunda, me devolveu a sanidade, e revi pequenos conceitos que estava deixando pra trás. E pensei sobre coisas que sabia muito bem, que bobagens podiam tomar proporções enormes.

Voltei a brincar de herói de seriado, daquele que abrem o coração e abraçam a pessoa no momento da raiva, ao invés de mandar tomar no cú, como se faz na vida real. E sabe que foi bom, mesmo sendo dificil para admitir isso.

Vi muita coisa que já vi, que já sei, que já sabia, que todo mundo sabe. Que todo mundo tem problema, e não tem maior ou menor. Um problema é um problema para quem tem o problema. E vemos problemas em ajudar os outros com seus problemas. Eu sei, que frase repetitiva. E descobri outra vez a roda (aquela coisa q todo mundo conhece, é super útil, ninguém sabe quem inventou, e esquece de valorizar). A minha roda foi que amigos foram inventados pela sociedade pra ajudar a gente a assumir nossas buchas.

Recebi colo de quem não tinha tempo de me dar. Apoio de alguém inconsolável, mas que mesmo na dor pensava em mim. Desabafei, chorei (sozinho, eu tenho uma fama pra manter) e pensei muito. Também tentei ouvir, coisa que não faço muito ultimamente.

O coração ainda tá um caco, mas ao menos já comprei o tubo de bonder. No momento, eu admiro o quebra-cabeças formado para ver como colar tudo, mas já é um começo.

Não sei se as coisas um dia vão voltar a ser o que foram. Mas a vida no passado passou. OS 30 tão ai, e só resta continuar ou desistir. No momento, não sou corajoso o suficiente para a opção número dois.

Volto logo, por quanto tempo, não sei. Se me acompanhas ainda, quem sabe terá muito o que ler. Tenho tido muito tempo, e estou tentando combater essa solidão que me apavora.

Como é dificil começar uma vida, quando temos vidas emperrando as nossas próprias. Seria tão mais facil acionar o foda-se acionado por elas.
Não se preocupar deve ser uma dádiva maravilhosa. Uma amiga vive uma situação similar só que pior, mas sinto que assim como eu, ela também precisa acordar pra vida.

Uma proposta talvez possa mudar um pouco. Sei lá, expectativa ainda distante.

Fui em um evento com o diretor Nilton Travesso, e fiquei espantado como uma pessoa tão bem sucedida ainda pode ficar nervosa ao falar em público.

Eu queria ter mais o que contar aqui, mas realmente minha vida é bem sem graça.

Ah tempos queria ler "Bom Dia Tristeza", da Susan Sotang, clássico da juventude entediada da Europa pós guerra, que marcou a juventude e a intelectulidade mundial quando isso realmente existia.

Bom, comprei uma edição nova, meio feia (e um pouco cara, mas paguei com meu visa vale) e comecei a ler. Me irritou um pouco. É facil reclamar da vida passando as ferias em uma praia francesa, com um pai liberal, frequentando festas e cassinos Parisienses. Não terminei ainda e talvez eu mude de idéia, mas por enquanto, o livro me parece lamentos de uma pessoa mimada.

As vezes também me sinto assim, mimado reclamão.

Só sei que larguei um pouco o livro, não estou nos melhore humores para ler problemas amenos.

ANALOGIA NERD

como são injustos os chefões de video-game!
Você tem que dar um milhão de tiros neles, mas se eles te acertam três você morre.

Eu sempre começo um post com a frase "faz tempo que não escrevo" e é sempre verdade...

Sabe o que aconteceu (desta vez - com descupulpas verdadeiras)

eu esqueci a senha deste blog. Acredita? Logo eu que só que só tenho duas senhas para tudo. Vai entender...

Tenho tantas coisas pra escrever, o show do B52 foi ótimo. Vi de pertinho Kate Pierson, musa de minhas homenages manuais na década de 90 , e me decepcionei um pouco. Um pouco velha, gordinha, com marcas de espinhas no rosto. Em nada lembrando aquela pequena de vestido rosa cantando Candy, Candy, candy I cant let you go... Mas ver Kate dançando com seu jeito louquinha já valeu a pena. Cindy Wilson, gorda até não poder mais, saltitava e chutava o ar com cara de moleca contrariando todas as leis da física e do tempo. Ela demonstrou ser a mais emocionada no palco.

Antes teve também o show do Radiohead, com Kraftwerk e Los Hermanos. Confesso que fui pelos Los Hermanos (alguma duvida). Show deles foi do cacete, mas muito curto. Vários colegas da faculdade foram, mas não encontrei nenhum deles.

Conversa ao telefone com minha irmã, sobre o show:

Irmã: encontrou alguém conhecido?
Eu: o Ashton Kutcher (juro!!!, grifo do autor)
Irmã: não, to falando de conhecidos....
Eu: Eu não conheço ninguém mais conhecido que o Ashton Kutcher.

O que mais escrever? To devendo a lista dos esquecidos pelo Oscar, lá em março. Juro que posto.

Ah, sobre os colegas de faculdade. Faz uns dois meses (olha que coisa antiga pra se escrever em um blog) teve churras do povo da Meto. Muito bom rever aqueles que talvez nunca mais veremos. Pessoas que mesmo sem contanto, ainda são iguais os tempos de aula, embora fisicamente todos tenham mudado um pouco. Deu saudade dos tempos de faculdade, e sextas-feiras sem compromisso no bar. Fui outro dia na Metodista, vazia como todos os corredores da tarde. Deu uma saudade, lembrei de um velho comercial que nunca esqueci, ouvia as vozes do povo no primeiro semestre, naquela ansia alegre de fazer amizades o mais rápido possível. Uma nostalgia complementada com um cartaz que cruzei no corredor, de uma peça chamada "E Assim se Passaram Cinco anos". Cinco anos atrás. Me arrependo de ser uma pessoa tão complicada, e não ter feito muitos amigos. Aliás, não sou uma pessoa com muitos amigos, nem que mantém muitas amizades. O Churras foi legal, bricar de adolescente cercado de amigos, mesmo que por um dia no ano.

Que mais?

Vamos lá. Peguei um serviço de gente grande (não fiquei rico nem nada, antes que pensem isto). Um trampo dos infernos, suave de ser feito, com clientes enrolados pra cacete. Um colega ajudou com parte do serviço. Não o via fazia um tempo, boa pessoa, divertido até, embora não tenhamos muito em comum. Fui embora após o serviço feito, me senti constrangido de não ser uma pessoa com de quem as pessoas não sintam falta, de não ter laços de amizade. Me despedi com alguma frase superficial, que a memória não ajuda a recordar. Não falei nada do tipo "a gente se vê; vamos marcar alguma coisa ou eu te ligo pra combinar algo". Não o fiz porque não o farei, não tenho paciência para o social, nem pra mentir para as pessoas mesmo que educadamente. Nunca fui assim, e fiquei ainda mais mal educado com a televisão.


Ando terrivelmente sem paciência. As coisas em casa andam de mal a pior. Para não dizer horrivel. Sinto até um misto de medo ao morar aqui, medo de consequências entre o ódio mutuo e indisfarçavel (é assim que se escreve?) entre duas pessoas. Querendo, alias, precisando sair de casa urgentemente. Alugar um apartamento e me ver livre de transtornos que não teriam nem por que existir. Querendo saber o por quê de tudo isto? Não sou uma pessoa ruim, e nunca fiz nada para merecer algo deste porte.

Mas morar sozinho me dá um medo. Medo da falta dos pequenos prazeres burgueses sim, mas não só disso. Medo de ficar sozinho, de não ter ninguém com quem conversar, de passar as festas sozinhos e não ter ninguém para dividir momentos. Medo do futuro incerto, de um desemprego e não ter por onde recorer... Medo de morrer como o Willian Holden, que caiu e bateu a cabeça e sangrou por três dias até morrer, sem ninguém para ouvir ou sentir sua falta. Não sou uma pessoa de quem as pessoas sintam falta. Tá, ok, que paragrafo horrível, mas juro que já pensei sobre isto.

Pessoas tem me cobrado atenção, não sou a melhor pessoa para dar no momento. Não quero importunar ninguém com meus lamentos (pode parecer estranho dizer isto e escrever para todos terem acesso no mundo, é verdade, mas escrevo para desabafo pessoal, para não explodir). Mas também não tenho muita paciência para ouvir lamentos alheios. Egoísta? Totalmente egoísta.
Mas é verdade.

Sei lá, estou chato.

Pra terminar mais feliz, comprei uma foto linda das quintuplas Dionne, por uma baba (essa expressão é para coisas baratas ou caras? Por que paguei baratíssimo). Não é pornografia antes que pensem. São gêmeas (quintuplas) canadenses, nascidas na década de 30, confiscadas pelo governo canadense como patrimônio do país. Elas foram uma verdadeira febre nos Estados Unidos durante os anos da recessão. Tiveram uma curiosa história, horrivel de se viver se analisarmos, mas são personagens que me interessam muito.

Texto enorme de gente que não escreve a muito tempo e não muitas pessoas com quem conversar.

Bzoz