Sou um cara estranho. Não estranho como se pregam os fãs de Los Hermanos por causa da música. Não que eu não goste de Los Hermanos, que todo mundo sabe que eles estão entre a minha lista de favoritos.

Sou estranho porque não me encaixo nesse mundo, sou diferente, bizarro, uma aberração pros padrões comuns. Por exemplo, hoje, a sexta-feira com mais cara de sábado que já vivi, estou looserando em frente a um computador, ouvindo (conhecendo diga-se de passagem) Vicente Celestino. Não que eu não o conheça, mas não sou que nem um bando de inteligentes orelhas de livro que ouvem uma música uma vez (no caso o mais que batido O Ébrio) e se dizem grandes conhecedres do assunto. Conheço muita gente assim.

Aliás, esse blog está choroso hoje justamente por conhecer gente. Preferia não conhecer ninguém, a saber que só conheço (na grande maioria) gente chata, egoísta, e preguiçosa. Pessoas que demonstram que não estão nem ai pra mim, sou apenas um número em suas vidas, que de vez em quando é confortável. Sei que é moda, ou já se foi a moda, de chorar em blogs e isso é uma coisa emo (pra não dizer bem gay).To cansando dos pequenos probleminhas dos outros serem motivos pra se chorar por duas encarnações e meia. Eu sei que os meus também são assim, mas me deixa curtir meu mau humor, que é a unica coisa que tenho.

Pensei que essa seria uma grande semana. Foi a mesma ingenuídade de quando pensei que tinha grandes amigos. Sou só, nasci pra ficar só. E antes só do que mal acompanhado. Sou um preguisoço, medroso, que finge ser muito mais do que consegue suportar. Não sou franco, sou imbecíl.

To escrevendo sem motivo, de raiva de mim mesmo, e pra passar o tempo de forma diferente do que entrando no msn e constatar que apesar de sei lá quantos, mais de cem, contatos, não tem ninguém ou nada a falar. Procurei agora a pouco outros blogs com o mesmo perfil que o meu, e constantei que nem encontro outros idiotas que nem eu por ai. As vezes ver minha medíocridade refletida nos outros poderia me fazer me sentir melhor. Mas acho que não existe ninguém assim.

Sou tão estranho que me sinto mal, como se sacos de areia fossem colocados sobre minha cabeça, por uma pessoa que nem conheço. Pior, nem gosto, é só o pensamento do que poderia ser a felicidade. Pequenas desculpas que dou pra mim mesmo, querendo fingir que um dia tudo será diferente. Quero ver um bom filme, ler algum livro, mas falta animo demais pra tudo. Preciso me organizar, mas jogo isso na pilha de roupas acumuladas em meu sofá. Organização está perdida no meio da pilha de jornais, cds e programas do computador. Sua companhia pode ser sua pior inimiga. Ah, cala essa boca e vai te entupir de comida novamente e espiar o que parece ser alguma vida útil.

E ae, curtiu Vicente?
De boa, nem consigo prestar atenção.

Eh le le...