SIM? NÃO? TALVEZ? QUEM SABE...

Segunda-feira é minha última prova, finalmente virão as férias. Porém, a prova que ainda falta é a que mais me preocupa...

Esta semana que acabou foi um misto de ainda bem com quero mais. Quarta-feira nem precisava ter ido, a não ser para entregar um trabalho, mas este já estava pronto eu poderia muito bem ter deixado com alguém. Ainda bem que fui...

Não sei bem explicar, mas posso dizer com certeza que foi o melhor dia de aula deste semestre, se não talvez do meu ano. Era apresentação de quem optou por fazer performances na matéria de Estéticas Audiovisuais. Dois grupos se apresentariam, e ambos se demoraram para ensaiar e preparar o “cenário” de suas apresentações.

Normalmente a minha turma não fica unida quando não estamos tendo aula, pequenos núcleos se reúnem em torno de algum assunto (ou tédio) comum. Neste dia, aos poucos, sem combinar nada, um a um foram sentando na escada, de maneira que em pouco tempo estávamos todos lá, por volta de 60, sentados nos mesmos degraus. Conversando, cantando (ouvindo Sir Roger Conovalov tocando violino, ou quem mais quisesse tentar assassinar tal instrumento), tirando fotos... Pessoas geralmente anti-sociais (tipo eu) em perfeita sintonia e cumplicidade.

A Fabi, professora, também juntou-se a nós, com direito a zuar os alunos e fazer chifrinhos nas fotos. As apresentações demoraram pra caralho, mas ficaram ótimas. De novo senti uma invejinha boa por não ter participado. Optei por fazer um convencional trabalho escrito.

Depois que a aula acabou, ninguém parecia querer ir embora, e por assim foi por alguns instantes, até que alguém abriu a porta e saiu meio a contra-gosto. Fiquei mais um tempo, conversando com a professora. A Fabi não nos dará aula no semestre que vêm, e possivelmente nunca mais. Dava pra ver que ela estava triste, com os olhos meio molhados.

Esta sensação de não quero que acabe está evidente. Não só com os professores (com o Dalmo, de arte e cultura, ontem, foi a mesma coisa). As vésperas das férias, a turma nunca esteve tão unida. Todos falam com todos, e todos parecem estar ficando deprimidos com o fim do semestre.

Ontem só tive aula até as 15:10, ou menos, já que terminei a prova antes. Teria carona pra voltar pra casa, mas preferi ficar mais um pouco, assistir a apresentação do grupo de circo (trabalho de arte e cultura). Com exceção do Nelson, nenhum dos meus amigos originais estavam lá. Não digo que não senti falta deles, mas não foi nada ruim ficar até mais tarde com outras pessoas. Depois da aula, fomos pro bar e ficamos por lá, um grupo persistente e não muito homogêneo. Conversando, rindo, cantando (coisa bem ruins, é verdade). Nada muito especial para quem lê, mas significativo pra quem consegue sentir. Uma tentativa de retardar o tempo e aproveitá-lo o melhor possível. Sei que as férias acabam no começo do ano que vêm, mas não é exagero dizer que sentiremos saudades. O foda é quem tem uma galera que irá trancar o curso, por causa do horário ingrato.

Sei que criticava minha classe logo que comecei, que achava eles meio burrinhos, e dizia que possuíam as piores cabeças que o dinheiro pode comprar. Tá, eles não são grandes gênios (nem eu, ainda bem) e também não mudaram durante o semestre. Acho que quem mudou fui eu, aprendi a ver as coisas boas de cada um, e são muitas. Aprendi a gostar deles, e gostar muito de alguns. Além disto, sem precisar me exibir, acho que a Metodista fez transparecer o que eu tinha de melhor, não falo só em potencial profissional, mas como pessoa mesmo. Bom, este post tá ficando meio nada a ver, e já nem sei direito expressar minha intenção original.

Só sei que quero que as provas acabem, mas as aulas poderiam continuar.