Todo ano comento aqui os injustiçados no In Memorian do Oscar, e este ano não poderia ser diferente. Entendo que não deu tempo de incluir Ray Evans, compositor da música “Que Sera, Sera”, ganhadora do Oscar em 1957, música esta que dá todo o clima dramático e mostrou que Doris Day é boa atriz sim no filme O Homem que Sabia Demais. Ray morreu no dia 15, e provavelmente, espero, será lembrado no ano que vêm. “Que Sera, Sera, Whatever Will Be, Will Be, Will Be...” É dele também a deliciosa Tammy, que no Brasil, fez sucesso na regravação de Celi Campelo. Ray, eu até entendo, mas esquecer Yvonne de Carlo, isto não tem perdão.

Yvonne é tão grande, que nem preciso comentar. E linda, linda!

Também foram esquecidos:

Gary Gray – ator mirim, famoso como o dono da “Lassie”;
Val Guest – grande diretor de filmes de terror;
Cy Feuer – produtor de filmes como Cabaret;
Katherine Dunham – lendária coreógrafa;
Henry Bumstead – diretor de arte de filmes como Um Corpo Que Cai e mas recentemente de Sobre Meninos e Lobos e Menina de Ouro (duas vezes indicado ao Oscar, ou seja, membro votante da Academia);
Paul Gleason – ator coadjuvante bastante popular;
Aaron Spelling – mega produtor (tudo bem, mais de TV), mas fez cinema sim;
Barnard Hughes – um dos atores secundários que mais gostava, o avô da Blossom, na TV;
Johnny Weissmuller Jr – Filho do lendário ator famoso como o melhor Tarzan, atuou em filmes como American Grafitti, terminou a carreira em filmes pornôs (muito triste);
Sam White – produtor e diretor dos filmes B da Columbia, produziu 140 dos curtas dos Três Patetas;
Tina Aumont – filha de duas lendas do cinema, Jean Pierre Aumont e Maria Montez, atuou em Casanova de Fellini;
Marian Marsh – uma das bonecas dos anos 30, uma das protegidas de Howard Hugues;
Anita O’Day – a última das gigantes cantoras de Jazz, atuou em musicais importantes como A História de Gene Krupa;
Claude Jade – a francesinha de Topázio, pior filme de Hitchcock;
Alfredo Ripsteins – o maior produtor de cinema do México, O Crime do Padre Amaro, com o Gael, concorreu ao Oscar de filme estrangeiro;
Victoria Hopper – a maior estrela dos primeiros filmes falados ingleses;
Gian Carlo Menotti – outro compositor esquecido, indicado ao Oscar pela musica do filme The Medium (1951);
Frankie Laine – em seu tempo, foi chamado “O Número Um da Canção Americana”, vendeu mais de 100 milhões de discos, inclusive Mule Train (1949), que concorreu ao Oscar. Foi o cantor mais famoso dos EUA, só que viveu 93 anos, o suficiente para ser esquecido;
Anna Nicole Smith – Sim, ela era atriz, pra mim, ela esta impagável em Corra Que a Polícia Vem Aí, ótima comediante. Linda!
Sir Ian Richardson – ator ingles, atuou em mais de 100 filmes, era Sir do Império Britânico.