LINA WERTMÜLLER
Bienal do Livro em São Paulo, de volta ao Anhembi, um lugar decente (de fácil acesso) para os pobres sem carro.
Uma programação de palestras perfeita, nos horários mais improváveis. Tive que, a muito contra gosto, ignorar várias por causa da aula. Mas sexta- foda-se, tenho poucas faltas.
Lina Wertmüller, cineasta italiana de grande produção nos anos 70 (ela ainda está na ativa, e como, mas filmes europeus têm pouca distribuição e repercussão aqui na franquia dos Estados Unidos).São delas os filmes anarco-políticos dos anos 70, filmes tão pupulares por aqui há anos atrás. Lina foi assistente de Fellini em Oito e Meio, e para mim é a última expoente do Neo-Realismo Italiano, com produção neste gênero até os dias de hoje. Pois é, ela estava em São Paulo.
Matei aula (chata por sinal) e fui para a Bienal, cheguei cedo, por que achei que estaria bombando, doce engano. Peguei uma das primeiras senhas, e a platéia nada de lotar. Povo imbecil, se fosse algum global, teria fila virando esquina. Se fosse o Kadu Moliterno, teria uma legião de retardados querendo saber se ele bateu mesmo na esposa (e pensar que algo assim foi capa da Veja). Bem já dizia o Orkut, “Leu na Veja, Problema Seu”.
Pois bem, só pra ilustrar a vida cinematográfica de Lina um pouquinho. São dela obras como Mimi, O Metalúrgico (1972), Camorra (1985), Amor e Anarquia (1973), Por Um Destino Insólito (1975, primeira versão de Destino Insólito, refilmado por Guy Ritchie, com a Madonna, que é um bom filme sim! Quem não concorda que vá dar o cú e assistir American Pie). Lina também fez o filme com o título preferido por meu cunhado e seus primos: Noite de Verão, com Perfil Grego, Olhos Amendoados e Cheiro de Manjericão (1986).
A noite, Lina voltava a Bienal, desta vez num espetáculo, para, acompanhada de uma cantora e uma pianista, narrar sua vida ao som das músicas que a acompanharam (ela e a história do cinema). Perfeito, novamente, vazia a sala.
Mas é claro que estaria vazia, a Bienal nada mais tem de pessoas cultas e educadas. É sim um shopping esporádico, pra passear e pegar autógrafos no livro da Karina Bacchi (!). Fato facilmente comprovado pela tamanha porquisse do público, que jogava lixo no chão, sendo que havia uma lixeira a cada 2 metros. E tinha muito lixo... E o pior de tudo, é ver o povo fingindo que é intelectual desfilando pelos corredores. Ah, que saudades da Europa...
Uma programação de palestras perfeita, nos horários mais improváveis. Tive que, a muito contra gosto, ignorar várias por causa da aula. Mas sexta- foda-se, tenho poucas faltas.
Lina Wertmüller, cineasta italiana de grande produção nos anos 70 (ela ainda está na ativa, e como, mas filmes europeus têm pouca distribuição e repercussão aqui na franquia dos Estados Unidos).São delas os filmes anarco-políticos dos anos 70, filmes tão pupulares por aqui há anos atrás. Lina foi assistente de Fellini em Oito e Meio, e para mim é a última expoente do Neo-Realismo Italiano, com produção neste gênero até os dias de hoje. Pois é, ela estava em São Paulo.
Matei aula (chata por sinal) e fui para a Bienal, cheguei cedo, por que achei que estaria bombando, doce engano. Peguei uma das primeiras senhas, e a platéia nada de lotar. Povo imbecil, se fosse algum global, teria fila virando esquina. Se fosse o Kadu Moliterno, teria uma legião de retardados querendo saber se ele bateu mesmo na esposa (e pensar que algo assim foi capa da Veja). Bem já dizia o Orkut, “Leu na Veja, Problema Seu”.
Pois bem, só pra ilustrar a vida cinematográfica de Lina um pouquinho. São dela obras como Mimi, O Metalúrgico (1972), Camorra (1985), Amor e Anarquia (1973), Por Um Destino Insólito (1975, primeira versão de Destino Insólito, refilmado por Guy Ritchie, com a Madonna, que é um bom filme sim! Quem não concorda que vá dar o cú e assistir American Pie). Lina também fez o filme com o título preferido por meu cunhado e seus primos: Noite de Verão, com Perfil Grego, Olhos Amendoados e Cheiro de Manjericão (1986).
A noite, Lina voltava a Bienal, desta vez num espetáculo, para, acompanhada de uma cantora e uma pianista, narrar sua vida ao som das músicas que a acompanharam (ela e a história do cinema). Perfeito, novamente, vazia a sala.
Mas é claro que estaria vazia, a Bienal nada mais tem de pessoas cultas e educadas. É sim um shopping esporádico, pra passear e pegar autógrafos no livro da Karina Bacchi (!). Fato facilmente comprovado pela tamanha porquisse do público, que jogava lixo no chão, sendo que havia uma lixeira a cada 2 metros. E tinha muito lixo... E o pior de tudo, é ver o povo fingindo que é intelectual desfilando pelos corredores. Ah, que saudades da Europa...
posted by Diego Nunes at 10:55 AM
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