To sentido falta de criar algo, não bonito, pq não sou dessas pessoas. Mas criar algo, talvez sarcástico, talvez convencido demais, mau humorado, intelgiente (pretencioso?), angustiante? Algo da minha realidade imaginária. Tive outro dia, um dos muitos impetos "vou mudar tudo", "vou ser isso e aquilo, e fazer isso e aquilo". Sabe nem consigo mais nem dar risada desses momentos, que já se tornaram piadas velhas e sem graça que nem as que fazem os gordos decadentes do Casseta e Planeta.

Neste ultimo e afetado impeto, escrevi algo que talvez seja a única produção real vinda dele.

"São Paulo é daquelas cidades grandes, com tantas coisas para se fazer, que te fazem esquecer a solidão.
Uma viagem de ônibus, longa, interminável é uma desculpa ideal para você fazer uma viagem introspectiva. Acho que aprendi a me conhecer melhor numa das muitas viagens de Edu Chaves. Mas também, são nessas viagens os meus maiores brancos. Numa versão urbana desenvolvi minha forma de fazer yoga, com coluna torta e respiração ruim, apago completamente. Volto num tranco de um buraco (sempre acho que essa palavra tem 2 "erres", mas dai seria burraco) e não sei onde estou. Essa rua eu nuna passei. Peguei o ônibus errado?
Talvez o prazer solitário seja a melhor desculpa para fugir do vazio. Perae, eu não abri essa janela?
Prometo-me mil coisas já prometidas.
Que sol do inferno, mas sempre sento neste banco.
Acho que não vou mais fazer a barba, quem derá não ser quase ruivo.
A maior meda do ônibus é a letra, que já não é grande coisa, tremendo então, me torno ainda mais analfabeto."

Por que escrevi isso? Porque vinha na cabeça.
Por que escrevi aqui? Pela vaidade exibicinista que todo blog tem. Invasão.