MAIS UMA ANTES DE DORMIR
Outro dia fui na casa de meu amigo Gaetano Gerhardi (nunca sei onde entra o H em seu sobrenome). Grande ator, diretor, produtor e tudo mais, outro dia falo mais sobre ele.
Havia chovido, e carregava meu guarda-chuvas na mão, para seca-lo. Passei em frente aquela igreja que tem ali na Frei Caneca, e vi uma cena que me incomodou bastante. Uma pomba, bastante machucada, deitada no chão ofegante. E outras três pombas em volta do animal caido. Ajudando a amiga, você pensaria. Mas não...
As outras três pombas, as amigas, bicavam a pomba ferida, e comiam partes de seu corpo ainda vivo. Com o guarda-chuvas espantei as três, que pousaram a poucos metros. A outra, sem poder se mexer, me olhou e juro que tinha gratidão no olhos. Pensei em mata-la, e terminar seu sofrimento, mas não tive coragem. Fui embora, sabendo que os animais voltariam para terminar o que começaram. Chorei impotente andando pelas ruas molhadas.
Sempre observo as pombas no chão, comendo restos deixados nas ruas. Salgadinhos, pipocas caidas e essas coisas. Sempre parava e ficava espatando quando via pombas comendo restos de cachorro quente, inclusive salsicha. Para mim, pombas não eram seres carnívoros.
Pois é, invadimos o território dos animais, e os obrigamos e se adaptarem a nossa urbanização maluca e descontrolada. Mudamos seus hábitos e seus comportamentos. Agimos como bichos e tranformamos os bichos em humanos desumanos. As pombas canibais.
Havia chovido, e carregava meu guarda-chuvas na mão, para seca-lo. Passei em frente aquela igreja que tem ali na Frei Caneca, e vi uma cena que me incomodou bastante. Uma pomba, bastante machucada, deitada no chão ofegante. E outras três pombas em volta do animal caido. Ajudando a amiga, você pensaria. Mas não...
As outras três pombas, as amigas, bicavam a pomba ferida, e comiam partes de seu corpo ainda vivo. Com o guarda-chuvas espantei as três, que pousaram a poucos metros. A outra, sem poder se mexer, me olhou e juro que tinha gratidão no olhos. Pensei em mata-la, e terminar seu sofrimento, mas não tive coragem. Fui embora, sabendo que os animais voltariam para terminar o que começaram. Chorei impotente andando pelas ruas molhadas.
Sempre observo as pombas no chão, comendo restos deixados nas ruas. Salgadinhos, pipocas caidas e essas coisas. Sempre parava e ficava espatando quando via pombas comendo restos de cachorro quente, inclusive salsicha. Para mim, pombas não eram seres carnívoros.
Pois é, invadimos o território dos animais, e os obrigamos e se adaptarem a nossa urbanização maluca e descontrolada. Mudamos seus hábitos e seus comportamentos. Agimos como bichos e tranformamos os bichos em humanos desumanos. As pombas canibais.